Sentimentos Apagados - Cap. 12 - Desavenças  

Posted by Unknown in , , , , , , ,


Yoo! Mais um capítulo da fic xD espero que gostem. Tem romance e uma briguinha besta e divertida entre dois personagens.



– Não posso, não quero ficar longe de você. – Disse Dake, abraçando-a mais forte.
Dake afastou-se e fitou Ally por um instante, ela fez o mesmo. Então ele se aproximou lentamente de seu rosto e a beijou. Ela hesitou no início, mas logo cedeu. Seus lábios finalmente se tocaram. Ally abriu a boca deixando a língua de Dake encostar-se à dela. Dake colocou a mão na sua cintura e a puxou contra ele. O silêncio pairava sobre o corredor, até que Ally abaixou o rosto, impedindo que Dake a beijasse novamente.
– O que foi? – Perguntou ele, receoso.
– Eu... Tenho que entrar. – Respondeu Ally olhando para a porta, que ainda estava fechada.
– Tudo bem... Posso te ver amanhã? – Dake sorriu e acariciou o rosto de Ally.
– Eu não sei se devo. – Respondeu ela, desvencilhando-se da mão dele.
– Por quê? – Questionou ele, um pouco decepcionado.
– Não me sinto bem com isso. – Ally se afastou e foi até a porta. – E eu tenho que ir à escola.
– Você está estudando na Sweet Amoris, não é? – Perguntou ele, colocando as mãos no bolso da calça.
– Minha tia contou a você? – Disse Ally com um tom de desaprovação.
– Sim, ela também disse que você estava se adaptando bem e arrumando amigos... – Comentou Dake. – Fico feliz por você, mas senti um pouco de ciúmes. – Ele riu e olhou para o chão, parecia um pouco envergonhado. Ally nunca o tinha visto daquela maneira.
– É sim... – Ela riu. – Eu vou entrar. Boa noite. – Ela abriu a porta, então Dake segurou sua mão e olhou em seus olhos.
– Eu vou ficar aqui por alguns dias... Se quiser me ver depois da aula, estarei neste hotel. – Dake a entregou um papel com um endereço. – Boa noite. – Ele a beijou na testa e saiu antes mesmo de Ally pudesse dizer alguma coisa.
Ally entrou e fechou a porta. Quando se virou, deu de cara com Agatha com as mãos na cintura e arcando as sobrancelhas.
– E então? – Perguntou Agatha. – Quero relatório completo.
– Posso dar um resumo? – Ally trancou a porta e sentou-se no sofá.
– Se não for me deixar mais confusa do que já estou, pode sim. – Respondeu Agatha.
– Ele é meu ex-namorado que mora na Austrália, o conheci quando fomos eu, minha mãe e meu pai passarmos cinco meses lá. Começamos a namorar, mas ele nunca quis dizer aos seus “amiguinhos” – Ela fez um sinal de aspas com os dedos. – que tínhamos algo sério. Fora outras coisas que ele fez que me chateou muito. Então, quando eu estava para ir embora da Austrália, nós brigamos e eu fui sem me despedir. – Ela suspirou. – Satisfeita? – Completou Ally.
– Não muito. – Respondeu Agatha. – Mas não vou ficar te enchendo de perguntas, pois não sou sua mãe. – Concluiu ela.
– Obrigada tia. – Ally deu um beijo na bochecha de Agatha e foi para o quarto.
No dia seguinte, quando Ally chegou à escola, Nathaniel veio em sua direção, aliviado.
– Ah, que bom que você veio! – Disse ele com alguns papéis em mãos.
– Por quê? Qual o problema? – Perguntou ela enquanto tirava alguns livros de dentro de seu armário.
– Você poderia me fazer um favor? É coisa rápida! – Nathaniel fez uma expressão de cachorrinho abandonado.
– Se é coisa rápida, por que você não faz? – Questionou ela rindo.
– Ah, por favor, Ally. Preciso de você. – Ele fez bico.
– Ok, o que é? – Ally fechou a porta do armário e olhou para o representante.
– Preciso que faça o Castiel assinar isso. – Ele entregou uma folha a ela.
– Mas isso é uma folha de ausência, quem tem que assinar é o adulto responsável por ele. – Comentou Ally, estranhando a situação.
– Eu sei, mas o Castiel é emancipado, ou seja, ele mesmo responde por seus atos como se já tivesse atingido a maioridade. – Nathaniel explicou.
– Ah... Tudo bem. – Ela concordou. – Mas por que você não quer fazer isso? – Perguntou Ally.
– Porque quanto menos o vejo, melhor fica o meu dia. – Respondeu ele, virando os olhos e fazendo cara de enjoo. – Além disso, você é a única pessoa amigável que se dá bem com ele. – Completou Nathaniel.
– Se você diz... – Ela conteve o riso. – Bom, é melhor eu ir vê-lo agora. – Ally saiu e foi em direção ao primeiro corredor.
– Oi, você seu nome é Ally, não? – O garoto baixinho que Ally havia ajudado quando Ambre tentou roubá-lo.
– Oh, sim e você é o Kentin, certo? – Ela o reconheceu e sorriu.
– Sim! – Kentin parecia feliz por Ally tê-lo chamado pelo nome. – Então, o que está fazendo? – Ele percebeu que ela olhava para os lados com um papel na mão.
– Estou procurando o Castiel, você o viu? – Perguntou ela, apressada.
– Castiel?! – Ele parecia espantado. – Ele é assustador... – Comentou Kentin.
– Hahaha! Ele não é tão medonho assim... Com o tempo, você se acostuma. – Disse Ally.
– Tenho minhas dúvidas... Mas, respondendo a sua pergunta, eu não o vi. – Kentin ergueu os ombros. – O que quer com ele?
– Eu preciso que ele assine isso. – Ally mostrou a folha de ausência ao Kentin.
– Se quiser, posso fazer isso para você. Como forma de agradecimento pelo outro dia... – Kentin corou e olhou para o lado. – Mesmo que ele me assuste, seria um pequeno sacrifício... – Ele disfarçou um riso.
– Hum, será que devo? – Ally hesitou por um instante. – Melhor não, Kentin. Pediram para eu fazer isso, seria antiético de minha parte deixá-lo nas mãos de outra pessoa. Além do mais, eu me viro! – Ally sorriu. – Obrigada mesmo assim. – Ela saiu, acenou para Kentin e foi até o pátio. – Caramba, onde está aquele vidro de ketchup ambulante? – Ela pensou alto.
– Procurando por mim? – Castiel chegou por trás de Ally e a assustou.
– Ah, até que enfim! Eu preciso que você a... – Castiel a interrompeu.
– Não, nem vem com essa! Eu não vou assinar merda nenhuma. – Castiel parecia irritado.
– Mas o Nathaniel me pediu... – Mais uma vez, Castiel não deixou que Ally terminasse de falar.
– Diga para ele que não vou assinar nada. – Castiel cruzou os braços e virou a cara.
– Mas o que? – Ally ficou parada no pátio enquanto Castiel se afastava. Então ela foi até a sala dos representantes falar com Nathaniel.
– Oh, ele já assinou? – Perguntou Nathaniel.
– Não, ele disse que não vai assinar nada e depois me deixou sozinha com cara de idiota no pátio. – Respondeu Ally com uma das mãos na cintura.
– Ah, que droga! – Nathaniel colocou a mão no rosto e ficou vermelho de raiva. – Você podia, por favor, tentar de novo? – Suplicou ele.
– Ok, lá vou eu outra vez... – Ally saiu e fechou a porta.
Ela procurou o ruivo por toda a escola até encontrá-lo sentado na escadaria ouvindo musica tranquilamente. Castiel olhou para cima e se fez de assustado ao ver Ally.
– Ah, Senhor, o que eu fiz para essa assombração estar me perseguindo? – Disse Castiel debochando, enquanto tirava os fones de ouvido.
– Está me confundindo com a Ambre? – Ally riu da piada.
– Quem me dera se a Ambre fosse igual a você! – Respondeu Castiel rindo.
– O que quer dizer com isso? – Perguntou Ally cruzando os braços.
– Nada não. – Ele riu e se levantou. – Veio me incomodar com essa folha de novo, não é? – Castiel fez careta.
– Sim, faça o favor de assiná-la logo. – Ally estendeu uma caneta junto com a folha e ficou séria.
– Fale para o Nathaniel que eu o mandei enfiar essa folha no c... – Ally se irritou e puxou Castiel pela gola da jaqueta.
– Olha aqui seu estressadinho, se você quer falar merda para alguém, vá falar para o representante. – Ela empurrou a folha contra o peito de Castiel e saiu batendo os pés.
– TÁ DE TPM? – Castiel gritou e Ally simplesmente respondeu mostrando o dedo do meio. – Louca! – Resmungou ele.
Depois de alguns minutos, Ally ouviu um estrondo no corredor e foi verificar o que era. Castiel pressionava Nathaniel contra os armários, os dois se encaravam como se fossem se matar ali mesmo.
– Você é tão homem, que teve que mandar uma garota no seu lugar! – Castiel dizia entre dentes.
– Talvez, se você fosse mais responsável, poderíamos ter evitado tudo isso! – Nathaniel segurou os pulsos de Castiel e o empurrou.
– Eu? Evitar a chance de socar você? Nada disso! – Castiel fechou o punho e estava prestes a acertar Nathaniel, mas Ally o interviu. – O que pensa que está fazendo?! – Castiel se livrou da mão de Ally e tentou ir para cima do representante.
– Eu é que pergunto. Pelo jeito, quem está de TPM é você! – Ela o empurrou para longe de Nathaniel e lançou um olhar furioso para Castiel. – Deixa de ser retardado! Está querendo parecer rebelde? Você só quer aparecer, isso sim! – Ally conseguiu conter a raiva que Castiel sentia de Nathaniel, mas agora, a raiva dele estava focada nela.
– Isso! Dá uma lição nele! – Nathaniel ria da cara do rival.
– Cala a boca que você também é culpado nessa história! – Ally virou-se para ele e o encarou. – E pare de pôr lenha na fogueira, seu projeto de barraqueiro! – Ela cruzou os braços e olhou para os dois meliantes.
– Toma seu merdinha! – Castiel apontou para o loiro e riu. Ally apenas olhou-o e arcou as sobrancelhas, Castiel abaixou o braço e ficou sério.
– Agora já está tudo calmo... Peçam desculpas um ao outro! – Ally não queria nem saber se eles se odiavam ou não.
– O QUE? VOCÊ TÁ DE ZOA, NÉ?! – Castiel olhou para Ally indignado.
– Olha para a minha cara e vê se eu estou de “zoa”. – Ela fez aspas com os dedos.
– Eu não vou pedir desculpas a ele. Ele não é digno disso. – Nathaniel cruzou os braços e virou o rosto para não encará-lo.
– Ah, você vai sim. Caso contrário, eu vou contar para a diretora que você me mandou fazer um trabalho que era a sua obrigação. – Ally blefou, mesmo que ele não aceitasse isso, ela não o deduraria. – Nathaniel ficou branco quando ela o ameaçou.
– E quanto a mim? Como pretende me convencer a fazer o que você quer? – Castiel deu um sorriso sarcástico.
– Já levou um chute no saco? – Ela sorriu maliciosamente. – Ou peça desculpas, ou terá que andar o tempo todo protegendo o seu amiguinho.
– Seu chute nem deve doer tanto... – Castiel riu.
– Quer testar? – Ally ficou séria e foi em direção ao Castiel.
– Não, obrigado. – Castiel recuou e ficou vermelho.
– Então... Pode ser ou está difícil? – Ela os encarou seriamente.
– Ok. – Ambos os meninos responderam, se aproximaram e ficaram de frente um ao outro.
– Desculpe. – Disse Nathaniel, olhando para o chão.
– Pelo que? – Perguntou Ally.
– Por não ter tentado resolver isso civilizadamente e por ter mandado outra pessoa no meu lugar. – Completou Nathaniel.
– Castiel? – Ally olhou para ele e cruzou os braços.
– Desculpe por não arcar com as minhas responsabilidades e por ter tentado concertar essa sua cara feia com um soco, já que plásticas não irão resolver. – Castiel debochou do representante e segurou o riso.
– Não ouvi nada de engraçado aqui... Tente de novo. – Ally já estava vermelha de raiva pela atitude dos dois.
– Ok, ok! Desculpe por ter começado uma briga. – Castiel virou os olhos. – Pronto, está satisfeita? – Ele encarou Ally com um olhar sério.
– Sim, agora apertem as mãos. Isso é tudo. – Respondeu ela.
– Ah não, eu não quero pegar bactérias! – Resmungou Nathaniel.
– Nathaniel... – Ally suspirou.
– Está bem. – Nathaniel estendeu o braço e esperou para que Castiel fizesse o mesmo.
– E então, vamos ter que ficar aqui pela eternidade? – Ally olhou no relógio que ficava no corredor. Castiel estendeu a mão, segurou a de Nathaniel e apertou. Nathaniel, com raiva, apertou ainda mais forte. Ambos se encararam e começaram a ficar vermelhos. – Ok! Já chega! – Ally separou as mãos dos dois com dificuldade. Cada um massageou a própria mão, pois sentiam dor.
– Ai droga! Para um viado desnutrido, você até que é forte... – Comentou Castiel.
– Digo o mesmo de você... – Respondeu Nathaniel.
– Agora que vocês já se desculparam, eu vou indo... – Ally saiu com um sorriso vitorioso e entrou na sala para esperar até que começasse a aula.

This entry was posted on sábado, 22 de fevereiro de 2014 at 12:14 and is filed under , , , , , , , . You can follow any responses to this entry through the comments feed .

0 comentários

Postar um comentário